sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Esquizofrenia


A esquizofrenia é uma perturbação mental grave caracterizada por uma perda de contacto com a realidade (psicose), alucinações, delírios (crenças falsas), pensamento anormal e alteração do funcionamento social e laboral.
A esquizofrenia é um problema de saúde pública de primeira grandeza em todo o mundo. A prevalência da esquizofrenia no mundo parece ser algo inferior a 1 %, embora se tenham identificado zonas de maior ou de menor prevalência. Em alguns países, as pessoas com esquizofrenia ocupam cerca de 25 % das camas dos hospitais.
A esquizofrenia tem maior prevalência do que a doença de Alzheimer, a diabetes ou a esclerose múltipla.
Há várias perturbações que partilham características com a esquizofrenia. As perturbações que se parecem com a esquizofrenia, mas nas quais os sintomas estiveram presentes menos de 6 meses, denominam-se perturbações esquizofreniformes. As perturbações nas quais os episódios de sintomas psicóticos duram pelo menos um dia, mas menos de um mês, chamam-se perturbações psicóticas breves. Uma perturbação caracterizada pela presença de sintomas do humor, como a depressão ou a mania, juntamente com outros sintomas típicos da esquizofrenia, chama-se perturbação esquizoafectiva. Uma perturbação da personalidade que pode partilhar sintomas da esquizofrenia, mas na qual os sintomas não são bastante graves para reunir os critérios de psicose, chama-se perturbação esquizotípica da personalidade
Causas

Embora a causa específica da esquizofrenia seja desconhecida, a perturbação tem, nitidamente, uma base biológica. Muitas autoridades na matéria aceitam um modelo de «vulnerabilidade ao stress», no qual se considera a esquizofrenia como um fenómeno que se produz em pessoas biologicamente vulneráveis. Desconhece-se o que torna as pessoas vulneráveis à esquizofrenia, mas podem estar incluídas a predisposição genética, os problemas que ocorreram antes, durante ou depois do nascimento ou uma infecção viral do cérebro. De um modo geral, podem manifestar vulnerabilidade, dificuldade para processar a informação, incapacidade para prestar atenção, dificuldade para se comportar de modo socialmente aceitável e impossibilidade de enfrentar os problemas. Neste modelo, o stress ambiental, como acontecimentos stressantes da vida ou problemas de abusos de substâncias tóxicas, desencadeia o início e o reaparecimento da esquizofrenia nos indivíduos vulneráveis.

Sintomas

A esquizofrenia começa mais frequentemente entre os 18 e os 25 anos nos homens e entre os 26 e os 45 anos nas mulheres. No entanto, não é raro que comece na infância ou cedo na adolescência A instalação pode ser súbita, no espaço de dias ou de semanas, ou lenta e insidiosa, ao longo de anos.
A gravidade e o tipo de sintomatologia podem variar significativamente entre diferentes pessoas com esquizofrenia. Em conjunto, os sintomas agrupam-se em três grandes categorias: delírios e alucinações, alteração do pensamento e do comportamento inabituais e sintomas negativos ou por défice. Uma pessoa pode ter sintomas de um ou dos três grupos. Os sintomas são suficientemente graves para interferir com a capacidade de trabalho, de relação com as pessoas e do próprio cuidado.
Os delírios são crenças falsas que, geralmente, implicam uma má interpretação das percepções ou das experiências. Por exemplo, as pessoas com esquizofrenia podem experimentar delírios persecutórios, crendo que estão a ser atormentadas, seguidas, enganadas ou espiadas. Podem ter delírios de referência, crendo que certas passagens dos livros, dos jornais ou das canções se dirigem especificamente a elas. Estas pessoas podem ter delírios de roubo ou de imposição do pensamento, crendo que outros podem ler as suas mentes, que os seus pensamentos são transmitidos a outros ou que os seus pensamentos e impulsos lhes são impostos por forças externas. Podem ocorrer alucinações de sons, de visões, de cheiros, de gostos ou do tacto, embora as alucinações de sons (alucinações auditivas) sejam, de longe, as mais frequentes. Uma pessoa pode «ouvir» vozes que comentam o seu comportamento, que conversam entre elas ou que fazem comentários críticos e abusivos.
A alteração do pensamento consiste no pensamento desorganizado, que se torna patente quando a expressão é incoerente, muda de um tema para outro e não tem nenhuma finalidade. A expressão pode estar levemente desorganizada ou ser completamente incoerente e incompreensível. O comportamento inabitual pode tomar a forma de simplismos de carácter infantil, agitação ou aparência, higiene ou comportamento inapropriados. O comportamento motor catatónico é uma forma extrema de comportamento inabitual no qual uma pessoa pode manter uma postura rígida e resistir aos esforços para a mover ou, pelo contrário, mostrar actividade de movimentos sem estímulo prévio e sem sentido.
Os sintomas negativos ou por défice da esquizofrenia incluem frieza de emoções, pobreza de expressão, anedonia e associabilidade. A frieza de emoções é uma diminuição destas. A cara da pessoa pode parecer imóvel; tem pouco contacto visual e não exprime emoções. Não há resposta perante situações que normalmente fariam uma pessoa rir ou chorar. A pobreza de expressão é uma diminuição de pensamentos reflectida no facto de a pessoa falar pouco. As respostas às perguntas podem ser concisas, uma ou duas palavras, dando a impressão de vazio interior. A anedonia é uma diminuição da capacidade de experimentar prazer; a pessoa pode mostrar pouco interesse em actividades anteriores e passar mais tempo em actividade inúteis. A associabilidade é a falta de interesse em relacionar-se com outras pessoas. Estes sintomas negativos estão, frequentemente, associados a uma perda geral da motivação, do sentido de projecto e das metas.

fonte:manual merck

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Depressão


Sentimentos de tristeza, desalento, pessimismo e uma perda geral de interesse na vida, combinados com sentimentos de mal-estar físico e de incapacidade generalizada. A maioria das pessoas experimenta ocasionalmente estes sentimentos como reacção normal a um certo acontecimento. Por exemplo e natural sentirmos deprimidos com a morte de um parente. Porém, se a depressão ocorre sem causa aparente ou se é muito profunda e persistente, assuma então o sinal de depressão patológica.

Sintomas
Variam conforme a gravidade da doença. Numa pessoa com depressão, ligeira, os principais sintomas são a ansiedade e um humor instável, e, por vezes, as crises de choro sem razão aparente. A vítima de uma depressão mais séria pode sofre de falta de apetite, dificuldade em dormir, falta de interesse e de prazer mas actividades sociais, sensação de cansaço e de falta de concentração. Os movimentos e o raciocínio podem tornar-se mais lentos; em alguns casos, porém, acontece o contrário e a pessoa torna-se mais lenta; em alguns casos, porém, acontece o contrário e a pessoa torna-se excessivamente ansiosa e agitada. As pessoas gravemente deprimidas podem ter ideias de morte ou de suicídio e alimentar sentimentos de culpa ou de inutilidade.
A intensidade dos sintomas pode variar com a hora do dia. Os deprimidos sentem-se ligeiramente melhor à medida que o dia avança, mas em algumas pessoas os sintomas pioram à noite.
A pessoa pode retrair-se completamente e passar a maior parte do tempo na cama, isolada de tudo e de todos ou manifestar ideação suicidária, marcada por tentativas de suicídio repetidas ou mesmo concretizadas.



Causas
Em geral, uma doença genuinamente depressiva não tem uma causa única evidente. Pode ser desencadeada por certas doenças físicas (como uma infecção viral), por desordens hormonais ou pelas alterações hormonais que ocorrem depois do parto (v. depressão pós-parto). Alguns medicamentos incluindo os contraceptivos orais e os soporíferos, são factores contributivos. Se a crise depressiva se enquadrar na doença maníaco-depressiva, a hereditariedade pode desempenhar o seu papel, pois esta doença tem uma nítida incidência familiar. A ausência de uma relação mãe e filho satisfatória pode conduzir à depressão infantil e prolongar-se em estádios posteriores da vida, sobretudo quando agravada por circunstâncias sociais difíceis. Por exemplo, uma mulher cuja mãe tenha morrido cedo ou sido criança abandonada ou mal cuidada pode ser particularmente vulnerável e insuficiente quando ela própria for mãe. As crises depressivas estão directamente relacionadas com fases críticas do ciclo vital da pessoa, sendo os períodos de maior risco a adolescência, a maternidade e a velhice.

Incidência
A depressão parece ser mais comum entre as mulheres, cifrando-se em cerca de um em seis o número daquelas que, num dado momento da sua vida, procuram ajuda especializada para a depressão (e os homens com uma proporção de um em nove homens). Esta diferença pode resultar de uma maior incidência feminina ou apenas do facto de as mulheres estarem mais receptivas a consultar o médico, enquanto os homens recorrerão com mais frequência ao álcool, à violência ou a outros equivalentes depressivos.

Tratamento
Existem três formas principais de tratamento da depressão, consoante o tipo e a gravidade da doença. A psicoterapia, individual ou em grupo, é muito útil para as pessoas cuja personalidade e experiências de vida são a causa principal da doença. Existem muitos tipos diferentes de terapia, desde uma abordagem informal e orientada para a solução dos problemas até às abordagens mais estruturadas da terapia cognitivo - comportamental e da psicanálise. O tratamento com medicamentos é usado em complementaridade com a psicoterapia e é indispensável nas depressões. Os anti-depressivos são geralmente eficazes em mais de dois terços dos pacientes se forem tomados na dosagem adequada e durante um período suficientemente longo.
A terapia electroconvulsiva (TEC) administrada sob anestesia geral, está estritamente reservada ao tratamento de pessoas gravemente deprimidas, sobretudo nas depressões agitadas, com intenções suicidárias muito acentuadas ou inibição psico-motora extrema, pondo em risco a segurança e a sobrevivência do doente e apenas se não tiverem reagido a outro tratamento. A TEC, que é eficaz e segura, pode salvar a vida do doente; o único efeito secundário pode ser uma ligeira perda temporária de memória.

Prognóstico
Embora a doença depressiva seja uma causa vulgar de dificuldades e de problemas é bom em relação à maior parte dos doentes desde que tenham tratamento e vigilância adequados. O principal risco e o suicídio. A taxa de suicídios nas sociedades ocidentais é de cerca de 20 por 100 000 habitantes, e pelo menos 80% destas mortes estão relacionadas com a depressão. A taxa é mais elevada entre os homens idosos socialmente isolados e fisicamente doentes, mas está a aumentar entre as camadas mais jovens.
As pessoas com depressão grave e prolongada( especialmente os idosos) podem precisar de tratamento contínuo. Em contrapartida, muitas pessoas que sofrem de depressão não precisam de internamento hospitalar e recuperam bem.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

epilépsia




O que é a epilepsia?

Tendência para convulções frequentes ou alterações súbitas temporárias do estado de consciência. As crises definem-se como anomalias neurológicas transitórias provocadas por uma actividade eléctrica anormal do cérebro. As actividades, os pensamentos,as percepções e as emoções do homem resultam normalmente da excitação eléctrica regulada e ordenada das células nervosas do cérebro.Durante uma crise, ocorre uma descarga eléctrica regulada e ordenada das células nervosas do cérebro.Em laguns casos, é um estimulo como uma luz intensa que descadeia esta sequência anómala, mas é frequente as crises surgirem expontaneamente.
Muitas pessoas com epilepsia levam uma vida normal e não apresentam sintomas entre as crises. Algumas conseguem aperceber-se da iminência de uma crise quando experimentam uma aura.



Como reduzir as crises epilepticas?

Existem diversas situações que podem diminuir o limiar epileptogénico, o que origina uma maior frequência das crises. Devem então ser evitados longos períodos de jejum.
Devem ser também evitados períodos de grande tensão emocional ou cansaço físico, consumo de cafeína e situações febris .É muito importante que os medicamentos sejam tomados regularmente e seminterropecções súbitas, a não ser que hajauma indicação médica para fazer.



O que deve ou não fazer em caso de crise epiléptica?

Não Deve

Segurar vítima nem colocar-lhe seja o que for na boca.
Tentar mover a vítima a menos que corra risco de se lesar com gravidade.

O que deve fazer

Desapertar cuidadosamente a roupa à volta do pescoço.
Quando terminar a crise, coloque a vítima no posição lateral de segurança e deixe-a recuperar os sentidos.
Tipos de sintomas

As crises epilépticas podem ser divididas em dois grandes grupos:crises genaralizadas e crises parcias.
As crises genaralisadas, que dão origem a perdas de consciência, afectam todo o organismo e podem surgir em qualquer ponto de uma extensa área cerebra.
As crises parciais, em que a consiência pode ser mantida, são geralmente provocadas por lesões numa áre mais limitada do cérebro, como sucede,por exemplo,com a epilépsia do lobo temporal. Apesar de ests crises terem início numa área limitada, a perturbação eléctrica pode expalhar-se e afectar todo o cérebro, provocando uma crise genaralizada.
As crises parciais dividem-se em crises simples (em que o paciênte não perde a consciência) e crises complexas (em que o paciênte a perde).




Tratamento

A crise isolada não tem geralmente indicações para ser tratada, mas a re-
corrência destes episódios é tratada pelo neurologista com anticonvulcivan-tes. No entanto, é quase sempre possível reduzir a ferquência das crises ou até anulá-las com o uso de um só medicamento. Podem ocorrer diversos efeitos secundários, como senolência e lesões na pele, (dependendo do me-
dicamento). Após dois anos de tratamento sem crises, pode ser ponderada a paragem gradual dos medicamentos, sem riscos aperciáveis de recorrência das crises.
Excepsionalmente, podem efectuar-se cirurgias para epilepsias graves que não tenham respondido aos medicamentos e que possam ser provoca-
das por lesão de uma única área do cérebro.












Gloçário

Anomalias neurológicas-desvio do tipo normal(anormalidade)


anómala-contrário à ordem natural(anormal).

Iminência-qualidade de iminente,do que está prestes a acontecer; proximidade

Aura-sensação de desassossego, irritabilidade.





fonte:Encicolpédia da Medicina


editora:selecções


autor:vários

Enxaqueca


O que é a enxaqueca?

Dor de cabeça muito violenta que pode durar entre duas horas e dois dias e é acompanhada de perturbações sda visão, naúses e vómitos. A doença pode provocar apenas um acesso ou,mais frequêntemente, acessos repetidos a interválos variados.


Tipos de enxaquecas

Existem dois tipos de enxaquecas: a comum e a clássica. Na enxaqueca comum, a dor de cabeça desenvolve-se lentamente e assume por veses um carácter latejante que se agrava com o menor movimento pou ruído.
A or manifesta-se com frequência apenas num dos lados da cabeça e é geralmente acompanhada de naúses e por vezes vómitos. Muitos doentes melhoram depois de vomitarem.
A enxaqueca clásica é rara. A dor começa por uma fase de cegueiraque aumenta lentamente e pelo aparecimento de uma auréola ou pontos brilhantes. A cegueira pode abranger até metade do campo de visão de cada olho. A cegueira desaparece após 20minutos e é frequentemente seguida por uma forte dor de cabeça unilateral acompanhada por naúseas, vómitos e sesibilidade á luz. Podem ocorrer outros sintomas neurológicas temporários,como a paresia de uma das metades do corpo.


Diagnostico

O médico faz o diagnostico apartir da história do doente e de um exame físico cuidado.
Contudo se existirem sintomas presistentes(como as parestesias ou diminuição de força de um menbro) ou o tipo de dor de cabeça mudar ou se tornar mais inenso, deve ser efectuado um exame neurológico completo para excluir outras doenças neurológicas mais graves, como os tumores cerebrais.


Causas

A enxaqueca é três vezes mais comum nas mulheres do que nos homens. Pode afectar crianças aprtir dos 3 anos, a maioria das pessoas tem o seu primmeiro acesso antes dos 20 anos. É muito mraro a enxaqueca aparecer pela primeira vez aos 50 anos.
A enxaqueca é herditária. Há toda uma série de factores que, isolados ou combinados, podem desencadearum acesso numa pessoa suspectível. Estes factores podem estar relacionados com o stress(a ansiedade, a cólera, a preocupação, a excitação, a depreção, o choque, o exercício excessivo, as mudanças de rotina e as mudanças de clima), com a alimentação(com o chocolate, o queijo, o vinho tinto, os frtos e os ctrinos) ou como estimulação dos sentidos(como as luzes brilhantes ou o olhar fixo, os barulhos inensos e os odores fortes ou penetrantes). A menstruação e a píula contraceptiva podem igualmente provocar enxaquecas.


Tratamento

Se as crises de enxaqueca ocorrerem menos de uma vez por mês, só é necessário um tratamento sintomático desses acessos. Mas se forem mais frequentes, impõe-se um tratamento preventivo. A forma mais imediáta de pervenção consiste em evitar os factores etilógicos conhecidos;e ver quais os produtos a evitar.
O melhor tratamento para as crises de enxaqueca é a aspirimna ou paracetamol. Se esta medicação não se revelar eficaz, pode tambem ser receitada ergotamina. Certos perparados de ergotamina podem ajudar a prevenir os ataques se tomados nas fases que antecedem o ínicio da dor de cabeça. A maioria das pessoas recupera mais rapidamente quando consegue dormir num quarto ás escuras.







Fonte: Encicolpédia da medicina, Editora Selecções, Autor vários

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Acidente vascular cerebral


O que é um Acidente Vascular Cerebral?


Os Acidente Vascular Cerebral (AVC) são doenças que aparecem “de repente” e provavelmente nenhum doente está preparado para se adaptar à sua nova situação. Um AVC acontece quando existe um problema na circulação do sangue no cérebro.A maioria dos AVC ocorrem por aparecerem coágulos ou trombos nas artérias cerebrais que impedem o sangue de passar nessas artérias e por isso levam a que parte do cérebro que deveria ser irrigada por essas artérias, deixe de funcionar. São os chamados AVC isquémicos. Os outros são causados por uma artéria se ter rompido e o sangue se acumular ou espalhar no cérebro, e chamam-se AVC hemorrágicos ou hemorragias intracerebrais.


Como se manifesta um AVC?


Cada AVC é diferente e cada pessoa também, por isso, o modo como cada doente é afectado pela doença. Varia com a zona do cérebro que é afectada, com o tipo de AVC (se uma homorragia ou um enfarte), com a causa do AVC, com os factores de risco presentes em cada doente, com o seu estado de saúde antes do AVC e também com o apoio que cada doente terá na sua reabilitação. Dependendo muito do local do cérebro que foi afectado, os AVC manifestam-se não só por falta de força de um lado do corpo, mas também por dificuldade em falar, dificuldade em perceber o que se diz, sensação de encortiçamento ou formigueiro de um lado do corpo, podendo ser de metade da cara, do braço e mão ou da perna e pé ou de todas as partes. Podem ainda surgir dificuldades em ler ou escrever, em engolir, em ver ou em lembrar-se que um lado do corpo existe.


Quais são factores de risco?


A causa dos AVC nem sempre se consegue descobrir, mas, há situações médicas (doenças) em que se sabe que os AVC são mais frequentes. É o caso dos doentes com hipertensão arterial, aumento do colesterol, diabetes, nos fumadores, nos obesos, nas pessoas que fazem pouco exercício e não andam a pé, ou nos doentes cardíacos. Também a idade e o sexo (feminino ou masculino) são factores de risco, mas estes não se podem alterar.


Quanto é possível recuperar e quando se pode começar a reabilitação?


Logo que se estabilize a situação clínica na chamada fase aguda do AVC inicia-se a reabilitação, que consiste em diferentes técnicas que ajudam a recuperar o mais possível a função anterior (como a pessoa era antes). As técnicas usadas dependem do que deixou de funcionar ou passou a funcionar menos bem no cérebro depois do AVC ou seja a reabilitação motora para as paralisias, a terapia da fala para as alterações da linguagem.


A quem devo recorrer se após a alta do hospital não conseguir resolver os novos problemas que a doença me trouxe?


Ao seu médico de família, ao seu médico hospitalar, à enfermeira ou assistente social do seu centro de saúde, à assistente social do hospital onde esteve internado, soa técnicos de reabilitação e ao médico de medicina física e reabilitação. Cada um destes elementos da equipa de tratamento e reabilitação de doentes com AVC tem funções diferentes mas poderão orientá-lo para o colega mais adequado para resolver as suas dificuldades.


Quais são as minhas obrigações após o AVC?


A mais importante é colaborar na reabilitação e seguir as indicações de toda a equipa, tomando a medicação conforme prescrito. A sua vida pode ter de sofrer alterações significativas como deixar de trabalhar, deixar de ser independente, alterar hábitos alimentares e sociais (deixar de beber, de fumar…).