segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Depressão


Sentimentos de tristeza, desalento, pessimismo e uma perda geral de interesse na vida, combinados com sentimentos de mal-estar físico e de incapacidade generalizada. A maioria das pessoas experimenta ocasionalmente estes sentimentos como reacção normal a um certo acontecimento. Por exemplo e natural sentirmos deprimidos com a morte de um parente. Porém, se a depressão ocorre sem causa aparente ou se é muito profunda e persistente, assuma então o sinal de depressão patológica.

Sintomas
Variam conforme a gravidade da doença. Numa pessoa com depressão, ligeira, os principais sintomas são a ansiedade e um humor instável, e, por vezes, as crises de choro sem razão aparente. A vítima de uma depressão mais séria pode sofre de falta de apetite, dificuldade em dormir, falta de interesse e de prazer mas actividades sociais, sensação de cansaço e de falta de concentração. Os movimentos e o raciocínio podem tornar-se mais lentos; em alguns casos, porém, acontece o contrário e a pessoa torna-se mais lenta; em alguns casos, porém, acontece o contrário e a pessoa torna-se excessivamente ansiosa e agitada. As pessoas gravemente deprimidas podem ter ideias de morte ou de suicídio e alimentar sentimentos de culpa ou de inutilidade.
A intensidade dos sintomas pode variar com a hora do dia. Os deprimidos sentem-se ligeiramente melhor à medida que o dia avança, mas em algumas pessoas os sintomas pioram à noite.
A pessoa pode retrair-se completamente e passar a maior parte do tempo na cama, isolada de tudo e de todos ou manifestar ideação suicidária, marcada por tentativas de suicídio repetidas ou mesmo concretizadas.



Causas
Em geral, uma doença genuinamente depressiva não tem uma causa única evidente. Pode ser desencadeada por certas doenças físicas (como uma infecção viral), por desordens hormonais ou pelas alterações hormonais que ocorrem depois do parto (v. depressão pós-parto). Alguns medicamentos incluindo os contraceptivos orais e os soporíferos, são factores contributivos. Se a crise depressiva se enquadrar na doença maníaco-depressiva, a hereditariedade pode desempenhar o seu papel, pois esta doença tem uma nítida incidência familiar. A ausência de uma relação mãe e filho satisfatória pode conduzir à depressão infantil e prolongar-se em estádios posteriores da vida, sobretudo quando agravada por circunstâncias sociais difíceis. Por exemplo, uma mulher cuja mãe tenha morrido cedo ou sido criança abandonada ou mal cuidada pode ser particularmente vulnerável e insuficiente quando ela própria for mãe. As crises depressivas estão directamente relacionadas com fases críticas do ciclo vital da pessoa, sendo os períodos de maior risco a adolescência, a maternidade e a velhice.

Incidência
A depressão parece ser mais comum entre as mulheres, cifrando-se em cerca de um em seis o número daquelas que, num dado momento da sua vida, procuram ajuda especializada para a depressão (e os homens com uma proporção de um em nove homens). Esta diferença pode resultar de uma maior incidência feminina ou apenas do facto de as mulheres estarem mais receptivas a consultar o médico, enquanto os homens recorrerão com mais frequência ao álcool, à violência ou a outros equivalentes depressivos.

Tratamento
Existem três formas principais de tratamento da depressão, consoante o tipo e a gravidade da doença. A psicoterapia, individual ou em grupo, é muito útil para as pessoas cuja personalidade e experiências de vida são a causa principal da doença. Existem muitos tipos diferentes de terapia, desde uma abordagem informal e orientada para a solução dos problemas até às abordagens mais estruturadas da terapia cognitivo - comportamental e da psicanálise. O tratamento com medicamentos é usado em complementaridade com a psicoterapia e é indispensável nas depressões. Os anti-depressivos são geralmente eficazes em mais de dois terços dos pacientes se forem tomados na dosagem adequada e durante um período suficientemente longo.
A terapia electroconvulsiva (TEC) administrada sob anestesia geral, está estritamente reservada ao tratamento de pessoas gravemente deprimidas, sobretudo nas depressões agitadas, com intenções suicidárias muito acentuadas ou inibição psico-motora extrema, pondo em risco a segurança e a sobrevivência do doente e apenas se não tiverem reagido a outro tratamento. A TEC, que é eficaz e segura, pode salvar a vida do doente; o único efeito secundário pode ser uma ligeira perda temporária de memória.

Prognóstico
Embora a doença depressiva seja uma causa vulgar de dificuldades e de problemas é bom em relação à maior parte dos doentes desde que tenham tratamento e vigilância adequados. O principal risco e o suicídio. A taxa de suicídios nas sociedades ocidentais é de cerca de 20 por 100 000 habitantes, e pelo menos 80% destas mortes estão relacionadas com a depressão. A taxa é mais elevada entre os homens idosos socialmente isolados e fisicamente doentes, mas está a aumentar entre as camadas mais jovens.
As pessoas com depressão grave e prolongada( especialmente os idosos) podem precisar de tratamento contínuo. Em contrapartida, muitas pessoas que sofrem de depressão não precisam de internamento hospitalar e recuperam bem.

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